Nas últimas semanas, muito vem sendo falado sobre o fim da escala 6×1, essa que deve reduzir a jornada dos trabalhadores brasileiros, aumentando o tempo de descanso e diminuindo a carga de trabalho semanal.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) com autoria da deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), prevê que a carga de trabalho seja reduzida de 44 horas semanais para um total de 36 horas.
Com a pressão em cima da possível aprovação da PEC, a deputada já conseguiu as assinaturas necessárias para que ela seja protocolada e assim iniciou-se um debate sobre a mudança.
Veja a seguir todos os principais detalhes sobre o fim da escala 6×1 e entenda o que ela pode mudar na rotina trabalhista.
O que é escala 6×1?
A escala 6×1 é considerada como o modelo de trabalho convencional e comumente adotado por muitas empresas, o funcionário trabalha por 6 dias consecutivos e, em seguida, tem 1 dia de folga.
Ou seja, geralmente o colaborador vai trabalhar de segunda a sábado e folgar durante um dia inteiro, que nesse caso seria no domingo. Lembrando que os dias de folga podem ser combinados entre as partes.
O total da escala 6×1 geralmente fica em 44 horas semanais totais, essa que segundo a legislação atual, não pode ser ultrapassada.
A quantidade de horas semanais pode ser divida de várias formas diferentes, sendo as mais comuns de 7 horas e 20 minutos por dia, ou, 8 horas de seg-sex e aos sábados com carga reduzida.
Qual a nova escala de trabalho desejada?
Com a PEC, a solicitação é que a carga horária de trabalho máxima deixe de ser 44 horas, para um máximo de 36 horas semanais.
A forma prevista para que isso aconteça seria através da escala do tipo 4×3, onde o trabalhador iria trabalhar por 4 dias e tirar três dias de folga durante a semana.
Essa redução da carga de trabalho é prevista pela parlamentar sem alterar o salário recebido por esse trabalhador.
Riscos e problemas com a redução da escala
Enquanto para o trabalhador, o fim da escala 6×1 se torna algo bastante vantajoso e que pode trazer um estilo de vida mais saudável e livre, para os empresários e donos de pequenos negócios, isso se torna um verdadeiro risco.
Segundo o economista Pedro Fernando Nery, “as empresas podem deixar de contratar, ou até mesmo demitir. Alguns pequenos negócios poderiam fechar”.
Assim, ele afirma que uma mudança brusca e repentina na escala de trabalho poderia trazer danos severos à economia e riscos a alguns tipos de negócios.
O ideal, segundo diversos especialistas, é que essa carga horária seja diminuída aos poucos e adaptada conforme o modelo de negócio da empresa.